Pescar em Aquário: Qual o problema?
“E, de igual modo, também
de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse
Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens.” Lucas 5:10
Quero iniciar hoje
com esse texto. A belíssima passagem de Jesus vocacionando esses homens,
simples pescadores. Homens estes que se tornariam colunas para a igreja de
todos os tempos. Jesus aqui, os impacta com seu poder e com um convite que
aos seus ouvidos pareceu estranho. Como assim pescadores de homens? Pois é,
não quero me aprofundar nesse rico detalhe, pois é bem conhecido e de fácil
entendimento: Fomos chamados para resgatar almas perdidas em um oceano de
pecados.
Porém, amigos leitores e
amados irmãos, esse texto tem como alvo os chamados “pescadores de aquários”.
Isso mesmo! A missão da igreja em anunciar as Boas Novas para toda criatura até os confins da terra não tem sido o norte de muitas igrejas, lideres e
pastores que se dizem cristãos. Muitos deles tem apenas pescado em aquários.
Mas o que isso quer dizer? Em uma rápida definição: São pessoas,
líderes, pastores ou instituição religiosa que buscam formar sua própria igreja buscando
membros ou congregados em outras igrejas, ou ate mesmo atraindo aquelas pessoas
que não querem compromisso com uma comunidade local de fato, como as Escrituras
Sagradas orientam. Ficou mais claro? Então, um pescador de aquário é aquela
pessoa ou organização que busca um “resultado imediato”. Quero aqui refletir
sobre três pontos dessa problemática: O Pescador,
o peixe e o aquário.
O pescador de aquário, que não
necessariamente é o pastor, mas é alguém ligado a ele ou a igreja, são pessoas que
buscam novos membros em pessoas que já fazem parte de uma outra igreja. Falta de
ética, acima de tudo. Essas pessoas não estão preocupadas em anunciar a Boa
Nova que salva o perdido, mas em mais uma pessoa que faça sua nova igreja dar certo. Vai abrir uma igreja? Começa a procura por um bom ministro de louvor, uma
banda, pessoas que ajudem no culto, na divulgação, organização... oferecem
cargos, vantagens, liberdade e oportunidades que os membros possam não ter em suas igrejas
atuais. Chegam até mesmo a buscar os “desigrejados”.
Já o peixe, é aquele que
sempre é atraído por coisas novas, diferentes, que supram seus desejos. Geralmente
esse peixe é fisgado por um anzol brilhante e não tem muito
compromisso com a igreja atual, ou é apenas um coadjuvante. Outros peixes são
aquelas pessoas que se ofenderam por algo ou até mesmo são pessoas ativas, mas que
buscam ser o centro das atenções. Pessoas que não querem ter obrigações na igreja,
apenas privilégios. São pessoas influenciáveis, gostam de movimento...
e se a igreja nova for famosa, o convite é aceito quase que prontamente.
E o aquário? Bom, essa nova
igreja muito provavelmente é resultado de alguma divisão de outra igreja, ou é
uma igreja filial de denominações famosas. Apresentam uma teologia duvidosa com mensagens que massageiam o coração e o ego. Outras características deste tipo de igreja é que 95% de sua membresia já
confessa uma fé evangélica, geralmente fazem grandes cultos de inauguração e festejos, e também
são isoladas de outras denominações tradicionais. São aquários lotados, porém
frágeis.
Recentemente uma dessas igrejas chegou em minha cidade, Campina Grande. Não foi a primeira. Abriu em
uma ótima localização, com um bom espaço, e realizou um grande evento de inauguração. Ela reúne todas essas características que citamos. São pescadores, mas de
aquário. O que trago para nossa reflexão é o seguinte: Estamos alimentando bem
nossas igrejas com boa teologia e bons relacionamentos? Estamos buscando o que
na igreja? Fama, reconhecimento, holofotes, auto-ajuda? E como igreja? Temos
realmente honrado a Deus, pescando homens? Anunciando a boa nova aos perdidos?
Ou estamos preocupados em fazer sucesso, enquanto líder, membro ou igreja?
Quando olho para a igreja
primitiva e observo a história da igreja, percebo o inverso. São Igrejas baseadas no evangelho, construídas pelo esforço de pessoas que amam a Deus e o
anunciam. Paulo, Lucas, Pedro, Epafras, Felipe... Que voltemos a olhar para o
Evangelho com as lentes de Cristo, e não as do mundo.
Que Deus tenha misericórdia de
nós, e desse método torto, mundano e antiético. Busquemos ser pescadores de
homens perdidos, e não de aquário. Não divida ou espalhe, mas ajunte e coopere.
Que Deus nos abençoe.
Lankaster A. Oliveira
Qual a prioridade do reino para tais pessoas? Como texto nos deixa claro, ao invés de usar o esforço em levar o evangelho genuíno ao pecador e lhe apresentar a Cristo como seu único e suficiente Salvador, essas pessoas nada mais fazem do quê buscar a fama. O imediatismo tem sido um dos grandes males no meio cristão, abrir um ponto de pregação e dentro de 1 ano só ter 02 ou 05 pessoas nesse ponto é alvo de crítica e muitos vêem com insucesso, quanto outros querem que em uma semana, ou um mês suas "ovelhas" sejam numerosas, 100, 200 ou 300, porém aí está o erro. Que Deus tenha misericórdia, e precisamos realmente fortalecer nossas bases da fé cristã, para não sermos atraídos por qualquer oferta ou vãs sutilezas.
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