A Influência do Marxismo Cultural na Igreja
Graça e Paz queridos! Antes de iniciar o texto,
gostaria de expressar minha alegria com a reativação desse espaço, que nada
mais serve do que para edificação do corpo.
“Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo.” – Colossenses 2:8
Provavelmente, amigo leitor, você já ouviu ou
até mesmo falou a seguinte frase: “os valores estão todos invertidos”. Pois
bem, isso tem uma explicação histórica, política e social. “Ah, Lankaster, o
mundo jaz no maligno!” Sim irmãos, é verdade. Mas, existe uma ideologia que
veio para o mundo ocidental com um propósito: desestabilizar a vida social com
a finalidade de implantar, no mundo, uma revolução política. Estamos falando do
Marxismo Cultural.
No início do século XX, Antonio Gramsci, filósofo
italiano encontra um obstáculo para a implantação do comunismo no ocidente.
Para obter sucesso nessa parte do mundo de cultura judaico-cristã e com um
forte capitalismo, o método aplicado na antiga URSS precisa ser abandonado e um
novo deve surgir. Ele em uma concepção
diferente de Marx. Para Marx, o que determinada uma sociedade é o sistema
econômico, Gramsci vê de outra forma. Ele afirma que é a través da cultura que
sociedades são solidificadas ou que podem ser transformadas.
Ambos querem uma coisa: implantar o comunismo - uma
das ideologias política, social, econômica e cultural mais perversa e
devastadora que o mundo tem conhecimento, o comunismo, que entre outras tantas
coisas trás o conceito de luta de classes, governo ditatorial e totalitário e
um sistema socioeconômico em que o estado controla todos os aspectos da
sociedade, abolindo inclusive a propriedade privada e a fé -, porém em caminhos
distintos. Deu pra entender? Para Gramisc, uma sociedade culturalmente e
moralmente fraca é muito mais vulnerável a presenciar uma revolução, ou seja,
subverter os conceitos culturais de uma sociedade seria a forma mais assertiva
de implantar, gradualmente, o socialismo, e por fim, o comunismo.
O gramscismo, ainda no início do século XX,
ganha um grande aliado, a Escola de Frankfurt, com seu conceito de que a
cultura deve ser sempre confrontada, para que só assim, as sociedades evoluam.
Hebert Marcuse, um dos pais dessa escola, por volta de 1950 protagoniza o
chamado confronto das minorias e
influenciado por obras marxistas e de Freud, estabelece o condicionamento
psicológico, ou seja, divulgar o que não é aceito por uma determinada
sociedade, até que se torne aceitável e por fim, seja normal. Com isso, o
Marxismo Cultural, nada mais é do que a tentativa de “bagunçar” a sociedade em vários
confrontos, não apenas a luta de classes, clássico em Marx, mas estender essa
luta para outros aspectos da sociedade: gênero, casamento, família, patrões e
empregados, homem e mulher, brancos e pretos, sexualidade, drogas,
criminalidade...
Todos esses campos hoje são centro dos debates
mundo a fora. Estou errado? “Oprimidos e opressores”, sempre favorecendo o que
é contrário a cultura vigente. Um exemplo básico é a questão do aborto. É
inegável a campanha midiática e acadêmica nos últimos anos para fazer com que a
população aceita como comum e normal. E não apenas isso, mas colocando como
algo que deve ser superior a tudo, inclusive as crenças alheias. A inversão de
valores é tão gritante, que a mesma pessoa que é contra o consumo de ovos, pois
poderiam ser pintinhos, é a mesma que defende a morte em bebês humanos ainda na
barriga de suas genitoras. O Brasil tem passado por esse processo há anos. Os
partidos que abraçaram essa idéia, ganharam muito espaço a nível nacional. Isso
foi muito mais perceptível nos últimos governos. Esse Estado ou Governo surge
como salvação para todos esses problemas, criados por eles mesmos
Assim, infelizmente, a igreja tem sofrido duras
penas, por seu posicionamento bíblico e cristocêntrico, e falo das igrejas
verdadeiras, uma vez que esse posicionamento vai de encontro com essas idéias,
ou seja, a igreja é preconceituosa, politicamente incorreta, pois não se dobra
perante esses novos conceitos. Não estou falando que a Justiça social não seja
uma preocupação da Igreja do Senhor, pelo contrário, é sim. Mas existem
questões que para Deus são inegociáveis. Porem, muitos que se dizem cristãos,
muitos que se intitulam pastores, lideres, muitas igrejas, tem se dobrado a
essa ideologia. Temos visto igrejas abraçando falsas doutrinas, com uma visão
humanizada do Evangelho. O Marxismo cultural tem feito muitas comunidades
abraçarem esse tipo de posicionamento. Podemos identificar algumas razões:
Primeiro: As igrejas deixaram de crer na redenção em
Cristo como suficiente para suas vidas. Cristo e a esperança da Gloria não são
anseios da igreja, mas sim ser bem aceito socialmente indo de encontro a
Palavra: “Porque a graça de Deus se manifestou
salvadora a todos os homens. Ela nos
ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira
sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto
aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e
Salvador, Jesus Cristo” Tito
2:11-13
Segundo: O abandono das Escrituras por esses. A Sagrada
Escritura não é mais o norte, o Manuel, nem é mais lido com o devido temor e
dependência do Espírito Santo. “Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e
plenamente preparado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:16-17”
Terceiro: A negligência da igreja em também advertir e
ensinar seus membros sobre a relação e a responsabilidade que a Igreja tem perante
a sociedade e os cuidados que devemos ter com falsos ensinos e heresias. “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo.” – Colossenses 2:8
Quarto: A Busca por aceitação ou imposição do seu “eu”,
e não de pregação do evangelho. O interessante é ser aceito, ou até mesmo ser
exaltado. “Quanto a vós outros, escravos, obedecei a vossos senhores terrenos com
todo o respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo, não
servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo,
fazendo de coração, a vontade de Deus, servindo de boa vontade como se
servissem ao Senhor e não aos homens.” Efésios 6:5-7
Resultado? Pastores e igrejas LGBT'S, igrejas
realizando casamentos que Deus abomina, cristãos em frente a universidades
públicas em atos levantando cartaz que defende aborto, igrejas que não estão
preocupadas com almas, mas serem aceitas pela sociedade, uma igreja que não
influencia a sociedade ao ponto de ser confundida com qualquer outra coisa,
menos a igreja que impacta, incomoda, e anuncia Cristo como a boa nova do
evangelho.
Que Deus tenha misericórdia de sua igreja. Que a
igreja verdadeira, que milita pelo Reino de Deus seja fortalecida no Senhor.
Deus nos abençoe.
Em Cristo,
Lankaster Almeida Oliveira.
Mensagem oportuna, infelizmente é o que estamos vivendo hoje, cristianismo sendo deturpado com seus valores sendo negociados em troca de uma boa imagem para uma sociedade que se mostra cada vez mais entregue aos "valores" desse mundo. Precisamos lutar, precisamos levar as boas novas de forma clara, objetiva sem nada adicionado a mesma, pois Cristo e o evangelho por si só é capaz de transformar os corações, mentes, vidas.
ResponderExcluirMuito bom!!!
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